O dia mundial do rock é comemorado no dia 13 de julho, mas porque 13 de julho? Em 1985 teve um show histórico que reuniu várias bandas de diferentes gêneros, estavam nesse evento grandes nomes do rock, Paul McCartney, Elton John, Rolling Stones, Queen, entre tantos outros. Nesse evento eles arrecadaram 100 milhões de dólares, que foi doado ao povo faminto e miserável da África.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Eugene O'Neil entrevistado por Young Boswell
Eugene O'Neil
Entrevistado por Young Boswell para a New York Tribune, de 24/05/1923. Republicada no livro ALTMAN, Fábio. A arte da entrevista: uma antologia de 1823 aos nossos dias. São Paulo: Scritta, 1995, de onde foi extraída.
Eugene Gladstone O’Neill (1888-1953), teatrólogo norte-americano, nasceu em Nova Iorque, filho de um ator mambembe, ele trocou os estudos pela vida de marinheiro, viajando para a África do Sul e Austrália no convés de um navio. Ao retornar de uma de suas travessias, O’Neill foi vitimado por uma tuberculose e terminou confinado no sanatório. Na cama de um hospital ele começou a escrever suas primeiras peças. Em 1920, ganhou o primeiro Prêmio Pulitzer de sua carreira por Beyond the horizon (Além do horizonte). Outros viriam: Anna Christie (1922), Strange interlude (Estranho interlúdio), de 1928, e A long day’s journey into night (Uma longa jornada noite adentro), de 1957. O’Neill foi o primeiro dramaturgo a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1936.
Eugene O’Neill lidera os dramaturgos sérios das América do Norte de hoje. As suas peças Beyond the horizon e Anna Christie receberam os prêmio Pulitzer em dois anos sucessivos. Seus testos o estão sendo produzidos na Inglaterra, na França e na Alemanha, e são saudados com um enorme entusiasmo. The emperor Jones (O imperador Jones) foi uma experiência pioneira de hipnose da platéia. O’Neill é filho de um ator. Ele foi, numa rápida seqüência, aluno de Princeton, minerador de ouro, marinheiro, ator, poeta, dramaturgo, e tem só 33 anos.
Atualmente nenhum escritor desse pais possui o penetrante sendo de tragédia que se manifesta nas peças de Eugene O’Neill. Uma pessoa disse que ele era super-sensível e mórbido como uma criança, e outra, um crítico acadêmico, disse que sem dúvida ele escrevia com uma veia trágica porque era jovem. Quem quer que estivesse certo, Young Boswell ficou curioso em descobrir a origem dessa característica trágica incisiva e inevitável, mas achou que o jovem dramaturgo ficou reticente quando o assunto foi mencionado.
Tenho um sentido inato do júbilo pela tragédia, que deriva de uma grande reverência ao sentimento grego da tragédia. A tragédia do Homem talvez seja a única coisa significativa a seu respeito.
Ele é um homem de constituição flexível, o que lhe propicia uma ilusão de altura. Seu rosto é comprido e estreito, jovem e sensível, seus olhos são sérios e muito escuros, como se as coisas aparecessem de modo sombrio através deles. Seu cabelo castanho já estava grisalho nas têmporas. Falava com sinceridade, mas com hesitação ao ser impelido a comentar sobre suas coisas particulares e teorias, que confessou não ter formulado. Não é um artista autoconsciente, mas muito mais um homem viril, que não consegue parar de escrever. No entanto, ele não é auto-revelador.
Quero escrever uma peça verdadeiramente realista. Esse termo é usado livremente no palco, onde a maioria das chamadas peças realistas tratam apenas das aparências das coisas, enquanto uma peça verdadeiramente realista trato do que pode ser chamado de a “alma dos personagens”. Trata daquilo que faz o caráter de uma pessoa ser só dela e não de outra. A dance of death (A dança da morte) de Strindberg é um exemplo desse realismo real. Nas duas últimas peças, a The foutain (A fonte) e aquela em que estou trabalhando agora, sinto que estou voltando à religião no teatro na medida em que é possível se voltar a ela, nos tempos modernos. A única maneira de podermos trazer a religião de volta, é através de uma exaltação da verdade, uma exultante aceitação da vida.
Ele hesitou, como se não quisesse revelar mais nada, e olhou para fora, pela janela. Então continuou.
Se há algo significativo na modernidade, é o fato de estarmos encarando a vida como ela é verdadeiramente. Isso diferencia essa época de qualquer outra. Não temos nenhuma religião para nos evadirmos da vida. Assim como todas as outras evasões, a religião está falindo. Estamos olhando a vida diretamente no olhos; e vemos que ela não contém nenhuma das qualidades que sempre usamos para descrever as boas coisas que ela possui. Assim, precisamos encará-la como ela é, dentro de nós, fazer as coisas com alegria e sentir entusiasmo. É uma coisa difícil sentir-se exultante com a vida moderna.
Ficou em silêncio novamente. Abaixou-se para amarrar o cordão do sapato e Young Boswell ficou com medo de que ele não prosseguisse. Mas, então ele falou de teatro.
O que eu estou querendo é um público que saia do teatro com um sentimento exultante, ao ver alguém no palco encarando a vida, lutando contra as eternas indefinições, não conquistando, mas talvez inevitavelmente sendo conquistado. A vida individual torna-se significativa só pela luta,pela aceitação e defesa desse indivíduo, fazendo dele o que ele não é, como sempre no passado, tornando-se algo que não é ele mesmo. Na medida em que The fairy ape é um exemplo disso, seria o último gesto do personagem, quando ele se mata. Ele se torna ele mesmo, e nenhuma outra pessoa.
A completa realização do ego individual!
A luta do Homem para dominar a vida, de se afirmar e insistir que ela não tem significação fora dele mesmo; onde entra em conflito com a vida, o que ele faz a cada virada e sua tentativa de adaptar a vida às suas próprias necessidades, o que não consegue; é o que quero dizer quando digo que o Homem é um herói. Se um em dez mil consegue captar o que o autor dizer, se esse indivíduo consegue formular dentro de si mesmo sua identidade com a pessoa da peça ao mesmo tempo sentir a vibração emocional de ser aquela pessoa da peça; então o teatro voltará ao significado fundamental do drama, que contém algo do espírito religioso que o teatro grego tinha. E algo da exultação que está totalmente ausente da vida moderna.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Biblioteca de Alexandria
Pessoal, eu vi um vídeo interessante que fala sobre a Biblioteca de Alexandria, uma das maiores bibliotecas que já existiu, nele havia obras de Ésquilo, Sófocles, Aristóteles, além de vários Papilos de matemática, ciência etc.
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